sexta-feira, 13 de março de 2009

Quero ter-te.
Quero sentir-te,
E amar-te.

Quero perder-me nos teus braços,
Refugiar-me nos teus lábios,
Sentir o teu coração palpitar
E no teu olhar desejar entrar.

Quero ter-te ao meu lado em todos os momentos,
E saber que contigo estou segura.
Quero ser a tua felicidade
Mesmo que este amor se transforme na minha tortura.

Quero tocar no teu corpo
E encontrar-me na tua voz.
Mergulhar numa melodia de sensações
E ficar encantada com o teu jeito de amar.

Tua alma tomar.
Teu calor respirar.
O teu amor sugar
E a ti me entregar.

Vive!
Ouve bem o coração segredar...
Acalma-o com a música que te faz pensar
E ama-me...
Pois é contigo que quero ficar.

Fazes-me levitar...
Deixar a Terra por breves segundos.
Logo depois me fazes regressar
Como únicos e amorosos sussurros
Que tanto fazem eu te amar.

Ana Amorim

sábado, 7 de março de 2009

Pedi ao vento que me ajudasse,
pedi ao céu que não escurecesse,
pedi ao Sol que sempre brilhasse para que este amor não desaparecesse.
Pedi ao chão que me tragasse,
pedi ao véu que me escondesse,
pedi ao frio que me congelasse até que um dia te esquecesse.
Pedi aos pássaros que me levassem,
pedi ao coveiro que não me enterrasse,
Pedi aos pulmões que respirassem até que a dor me passasse.
Pedi à vida que não parasse,
pedi à morte que me esquecesse,
pedi ao amor que me alimentassesaudades me comesse.
Pediste que sempre sorrisse,
pediste que sempre te amasse,
pediste que nunca partisse,
mas partiste sem que falasse.
In Mar Adentro

terça-feira, 3 de março de 2009

Quase...


"Ainda pior que a convicção do não e a incerteza do talvez é a desilusão de um quase. É o quase que me incomoda, que me entristece, que me mata trazendo tudo que poderia ter sido e não foi. Quem quase ganhou ainda joga, quem quase passou ainda estuda, quem quase morreu está vivo, quem quase amou não amou. Basta pensar nas oportunidades que escaparam pelos dedos, nas chances que se perdem por medo, nas idéias que nunca sairão do papel por essa maldita mania de viver no Outono.

Pergunto-me, às vezes, o que nos leva a escolher uma vida morna; ou melhor não me pergunto, contesto. A resposta eu sei de cór, está estampada na distância e frieza dos sorrisos, na frouxidão dos abraços, na indiferença dos "Bom dia", quase que sussurrados. Sobra covardia e falta coragem até pra ser feliz. A paixão queima, o amor enlouquece, o desejo trai. Talvez esses fossem bons motivos para decidir entre a alegria e a dor, sentir o nada, mas não são. Se a virtude estivesse mesmo no meio termo, o mar não teria ondas, os dias seriam nublados e o arco-íris em tons de cinza. O nada não ilumina, não inspira, não aflige nem acalma, apenas amplia o vazio que cada um traz dentro de si.

Não é que fé mova montanhas, nem que todas as estrelas estejam ao alcance, para as coisas que não podem ser mudadas resta-nos somente paciênciAdicionar vídeoa porém,preferir a derrota prévia à dúvida da vitória é desperdiçar a oportunidade de merecer. Pros erros há perdão; pros fracassos, chance; pros amores impossíveis, tempo. De nada adianta cercar um coração vazio ou economizar alma. Um romance cujo fim é instantâneo ou indolor não é romance. Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo impeça de tentar. Desconfie do destino e acredite em você. Gaste mais horas realizando que sonhando, fazendo que planejando, vivendo que esperando porque, embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu."
By Sarah Westphal