Quando ele me trespassa como se fosse um fantasma a vaguear...
Magoa-me mesmo sem dar por isso.
Sinto-me cansada de lutar por aquilo que não vale a pena.
Cansada de chorar por quem não merece.
Não merece as minhas lágrimas nem de felicidade
Nem de tristeza.
Mesmo tentando não dar parte fraca,
O inevitável acontece...
Água cristalina e escura me cai dos olhos
E não consigo evitá-la.
Fiz um esforço...
Ainda foi pior...
Intensificou-se.
Tentei a calma...
Apeteceu-me morrer.
E só de pensar que todo o lítio que derramei pelos meus olhos,
Foi por alguém
Que me fez adoecer
E que não tem o direito de me estragar a vida,
Ainda fico mais abalada.
Quando o Mundo cai,
Nunca sei o que fazer...
Só me apetece chorar.
Quem me dera ter forças para mostrar a toda a gente
Que não sou quem pensam que eu seja.
Que sou melhor do que o que mostro ser.
Que os que me fazem mal,
São indiferentes.
Mas não tenho...
Então, para além da tristeza,
Que os que me fazem mal,
São indiferentes.
Mas não tenho...
Então, para além da tristeza,
Aparece a solidão, a mágoa e as lágrimas
Não merecidas por quem as derramo.
E cada uma delas
Significa Desespero,
Como se me arranquessem algo.
Como se os meus olhos chorassem sangue...
Nesses momentos eu queria que o céu chorasse comigo...
Nesses momentos eu queria que o céu chorasse comigo...
Quando o Mundo cair de verdade,
Matem-me antes que isso aconteça.
Eu não quero assistir...
Não quero ver.
Matem-me antes que isso aconteça.
Eu não quero assistir...
Não quero ver.
Ana Amorim
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